A expressão que tantos agora tentam usar para destruir Jerônimo Rodrigues foi claramente simbólica. Quem nasceu, cresceu e vive no Brasil profundo sabe o que ela significa. Não se tratava de pessoas, mas de uma página da história que precisa ser virada. Uma página escrita com preconceito, exclusão social e violência simbólica.
Jerônimo falava como sempre falou: com o coração. E é justamente isso que o torna diferente. Ele não usa o discurso como escudo, mas como ponte. Ponte entre o poder e o povo, entre a dor e a justiça, entre a política e a espiritualidade. É esse elo que a elite tenta cortar, porque sabe que um político com alma é mais perigoso que mil tecnocratas.
A tentativa de criminalizar uma fala simbólica é um insulto à inteligência do povo baiano. É uma forma de colonizar até a linguagem, de dizer que só a fala polida das elites é aceitável. Mas o povo entende Jerônimo. E mais que isso: sente que ele fala com verdade, com compaixão, com propósito.
O governador da Bahia não recua. Porque não teme a mentira. Ele sabe que sua força está na coerência de sua caminhada. E que, no fim, a justiça não precisa gritar — ela apenas precisa permanecer.